Esta investigação tem várias fazes. As principais são, estudar a eficácia pedagógica sem controlar a actividade do professor na classe, e explicar e descrever os efeitos do ensino, através da observação do comportamento do professor e/ou dos alunos durante o período de ensino/aprendizagem. Ao longo do tempo foram criados vários paradigmas, que ajudavam a estudar melhor os alunos, professores, interacções entre outros.
Os Paradigmas de investigação em educação são:
- Paradigma do estudo do “Bom Professor”.
- Paradigma do melhor método de ensino.
- Paradigma do processo-produto.
- Paradigma cognitivista.
- Paradigma ecológico.
Estudo do “Bom Professor” – Este paradigma diz-nos que o sucesso tem a ver com as características do professor, existe o perfil de professor ideal, com interesses, aptidões intelectuais, formação, idade, atitudes e ainda a origem socioeconómica, outra coisa que nos diz este paradigma é que a metodologia utilizada deve inquirir os especialistas ou administradores escolares e os alunos sobre como seria um “Bom Professor”. Isto permitiu saber algumas das características pretendidas nos professores mas não permitiu saber o que é um “Bom Professor” nem um ensino eficaz.
Melhor método de ensino – baseia-se na comparação de várias classes que são ensinadas com métodos diferentes. Os resultados deste paradigma foram inconclusivos.
Processo-produto – Determina o grau de relação que existe entre a relação de aluno/professor e os progressos de aprendizagem dos alunos. Estes foram resultados apresentados por Rosenshine e Furst em 1971, dizia que os professores que revelaram maiores índices de aprendizagem caracterizavam-se por:
- Linguagem clara e denotativa.
- Abordam diferentes estratégias de ensino.
- Gosto e interesse em exercer a profissão de professor.
- Maior tempo dedicado á matéria relacionada com os objectivos pretendidos.
- Analisar e comentar as actividades dos alunos.
- Utilização de ideias dos alunos.
- Dar mais oportunidades práticas aos alunos nas tarefas.
- Questionar os alunos sobre as aprendizagens.
- Pesquisar sobre as causas das dificuldades dos alunos.
- No entanto este paradigma apresenta um crítica que diz que é demasiado simplista e reducionista, pois não tinha em conta o quanto complexa é uma aula e os imprevistos e interacções que nela surgem.
Paradigma Cognitivista - Este paradigma tem a ver com o pensamento do professor.
Planificação - Decisões pré-activas (Avaliação) -> Interacção -Decisões interactivas (Replanificação) -> Avaliação - Decisões pós-activas (Replanificação).
Paradigma Ecológico – Um primeiro sujeito (aluno ou professor) influência as acções do segundo, ao mesmo tempo que acaba sendo influenciado pelas acções do primeiro. Falamos assim de um intercâmbio recíproco de acções significativas.
A evolução da investigação no ensino da educação física e desporto teve mais ou menos as mesmas etapas do ensino geral registando um ligeiro atraso. Foi a partir da década de 70 que se registou um grande avanço com a utilização dos sistemas de observação e analise das relações pedagógicas.
As estratégias da investigação da eficácia pedagógica (paradigma processo-produto), registaram dificuldades em utilizar este paradigma devido á sua duração e dimensão, então decidiu-se usar unidades experimentais de ensino (ETUS – unidades didácticas), para poderem assim determinarem as condições de sucesso pedagógico nesta área.
A ETU (unidades didáctica) tem a seguinte estrutura:
- Avaliação inicial e final dos alunos tendo como referência os objectivos de aprendizagem.
- Um ou mais objectivos de aprendizagem formulados pelos professores.
- Delimitar bem o período de ensino.
- Observação sistemática do comportamento do professor e/ou do comportamento dos alunos de acordo com as variáveis em estudo.